A escola Santa Luzia é um anexo da escola Valéria Bispo Sabala, em Brasileia. Para chegar lá é preciso ir até o km 84, sentido Assis Brasil e percorrer mais 18 km de ramal para se chegar à escola que fica localizada na colocação Palmeiras, seringal Guanabara, dentro da reserva extrativista Chico Mendes.

E foi exatamente lá que nesta sexta-feira, 12, o Núcleo de Matemática e Ciências Aplicadas do Departamento de Inovação da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE) chegou para oferecer aos alunos a oficina interativa “divertidamente”, com jogos matemáticos e óculos de realidade virtual.

Entre os jogos que os alunos tiveram a oportunidade de conhecer estão o jogo da velha tridimensional, o tiro ao alvo da soma, o uniquatro, a batalha do conhecimento, o desafio do labirinto, o tira-argola, o quebra-cabeça, além de jogos de raciocínio lógico.

De acordo com o chefe do Núcleo de Matemática, professor Ramsés Carneiro, o objetivo da oficina é fazer com que as comunidades mais carentes e afastadas tenham a mesma experiência de imersão nas ciências aplicadas que são ofertadas para os alunos da zona urbana.

“Trabalhar essas questões das disciplinas, de forma lúdica, traz uma aprendizagem mais alegre e o aluno consegue ver o estudo e a própria aprendizagem de uma maneira diferente e aqui estamos abordando não apenas matemática, mas também ciência da natureza”, explicou.

Ele destacou ainda que a temática, os materiais e os recursos ofertados na oficina na escola Santa Luzia são os mesmos oferecidos aos estudantes da zona urbana. “O diferencial é que devido à distância, essa oficina não chegue com tanta frequência, mas colocamos como meta em 2024 chegar a esses locais de difícil acesso”, afirmou.

A professora Maria Socorro Lopes Nascimento Inácio, trabalha na escola há mais de doze anos e ministra aulas para os 7º e 8º anos. Ela faz questão de frisar o sentimento de gratidão por receber a equipe da SEE e fala das dificuldades que os alunos tem em ter acesso a esse tipo de material.

“Está sendo muito gratificante porque a gente vive meio isolado e não tem acesso a essas ferramentas para trabalhar e espero que isso tudo seja de grande valia e que os nossos alunos possam aprender e usem esse aprendizado para as suas vidas, já que eles estão tendo uma oportunidade única”, disse.

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