Dois dos mais emblemáticos biomas brasileiros, a Amazônia e o Pantanal, enfrentam um segundo semestre de 2024 sob o espectro preocupante da seca. Ambos os biomas registram níveis alarmantemente baixos em muitos de seus rios, agravando as preocupações com a biodiversidade e as populações locais. Além disso, a temporada de incêndios florestais já se mostra preocupante, exacerbando ainda mais os desafios ambientais dessas regiões.

O Serviço Geológico do Brasil (SGB), responsável pelo monitoramento dos níveis dos rios no país, divulgou um estudo recente que aponta para o aumento na frequência de cheias e secas extremas na última década. Em um caso alarmante no estado do Amazonas, ambos os extremos ocorreram no mesmo ano, destacando a volatilidade climática da região. O coordenador nacional do Sistema de Alerta Hidrológico do SGB, engenheiro hidrólogo Artur Matos, alerta que “no Pantanal, o ano de 2024 pode ter a pior seca já registrada no bioma, dependendo do início do período chuvoso. Se vier na hora certa vai ser ruim, mas se atrasar vai ser pior ainda”.

Os baixos níveis dos rios e a seca prolongada têm impactos diretos não apenas na fauna e flora, mas também nas comunidades que dependem desses recursos para sobrevivência. A falta de água afeta a pesca, a agricultura e o abastecimento de água potável, aumentando a vulnerabilidade das populações locais. Os incêndios florestais, intensificados pela seca, também ameaçam destruir vastas áreas de vegetação, agravando a perda de biodiversidade.

A situação crítica desses biomas reforça a necessidade de ações urgentes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e proteger esses ecossistemas. Ações coordenadas entre governos, organizações ambientais e comunidades locais são essenciais para desenvolver estratégias de adaptação e resiliência, garantindo a preservação da Amazônia e do Pantanal para as futuras gerações.

Noticiaamazonica

 
 

GALERIA