O Brasil, que possui uma das maiores coberturas florestais do planeta, enfrenta o desafio crucial de atualizar as informações sobre seu vasto patrimônio natural. Esta tarefa é fundamental para a conservação e uso sustentável das florestas, uma alternativa necessária ao desmatamento que continua a devastar essas áreas diariamente.

Atualmente, o inventário nacional de florestas já cobriu 60% do território brasileiro, medindo 1 milhão de árvores e amostrando 125 mil plantas. Este esforço também resultou na identificação de 13 novas espécies vegetais e envolveu entrevistas com 38 mil pessoas sobre suas características e relação com os ambientes naturais. Estes dados são armazenados em uma plataforma que documenta a distribuição de 8,5 mil espécies distintas no país e os principais usos das florestas, sejam elas naturais ou plantações de árvores exóticas.

As avaliações florestais são realizadas a cada 20 km e devem ser repetidas periodicamente nos mesmos pontos para monitorar as mudanças ao longo do tempo. A plataforma eletrônica não só detalha os estoques de madeira e carbono, mas também fornece informações sobre a saúde das florestas, afetadas por fatores como erosão, degradação, incêndios e o corte seletivo de árvores de maior valor comercial.

Em um avanço significativo, um decreto assinado em 5 de junho permite que a restauração da vegetação nativa em concessões de manejo florestal gere créditos de carbono, mesmo em contratos ativos. Esta medida, conforme informações do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), busca incentivar a recuperação das florestas nativas e promover práticas de manejo mais sustentáveis, integrando conservação ambiental e desenvolvimento econômico.

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